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VÍDEO: choro, palhaçada e esperança: começa a vacinação de crianças em Santa Maria

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Foto: Eduardo Ramos (Especial)

O movimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) Floriano Rocha, no Bairro Juscelino Kubitschek, foi alterado nesta quarta-feira. Plaquinhas coloridas, desenhos de super-heróis e super-heroínas, lápis de cor e muita animação tomaram conta do local. Até o palhaço Katupiry compareceu, fazendo brincadeiras pelos corredores. O motivo de toda essa mobilização foi o começo da vacinação contra a Covid-19 em crianças. Além da UBS Floriano Rocha, outros sete postos de saúde também fizeram a aplicação das doses infantis. 


A dona de casa Fernanda Costa, 31 anos, levou os dois filhos para fazer a vacina. Davi, de 9 anos, tem cardiopatia e Giovana, de 8, é asmática. A mãe pegou coronavírus em março do ano passado e ficou mal por mais de uma semana, apesar de não precisar ser hospitalizada. Na época, fez isolamento e os filhos não foram infectados. 

- O meu maior medo era que eles pegassem. Ainda é. Quando vi que abriu o cadastro, não pensei duas vezes em marcar a vacina deles. Conversei muito, eles sabem da importância. Falei que o mundo todo esperou por essa vacina e, agora, depois de dois anos, eles têm a chance de fazer - revela a dona de casa.

'Não vejo porque tanta polêmica com algo eficaz e seguro', diz especialista sobre vacinação de crianças

Após a vacina ser aplicada, as crianças precisam ficar acompanhadas e sob observação no local por 20 minutos. Neste tempo, ganham desenhos para colorir, pirulito e são entretidas pelas equipes. Os pequenos recebem, ainda, um "certificado de coragem": as meninas com desenho da Mulher Maravilha, e os meninos do Super-Homem. 

- Nem senti nada. Foi rápido. Não doeu. A mãe já tinha falado sobre a vacina para nós - contou Davi, um dos primeiros vacinados na UBS Floriano Rocha.

Neste primeiro momento, estão sendo vacinadas as crianças com deficiência permanente ou com alguma comorbidade. As outras crianças serão vacinadas em outras ações.

MAIS SEGURANÇA

Desde o início da pandemia, há quase dois anos, Letícia Militz da Rosa, de 10 anos, estuda em casa. Atualmente estudante do 5º ano da Escola Municipal Ensino Fundamental (EMEF) Bernardino Fernandes, do Distrito de Pains, ela finalmente vai voltar em 2022, com a vacina no braço.

- Pelo fato dela ter asma, a gente sempre se preocupou muito. Depois que suspenderam as aulas, ela não voltou. Pegamos um atestado, e ela passou a estudar de casa, pela internet, porque achamos que era mais seguro. Agora, neste próximo ano, com a vacina, ela vai voltar - conta a mãe Lucilene Militz Zuze. 

A menina não vê a hora de voltar à escola. E sobre a vacina, afirma que nem sentiu:

- Foi só uma picadinha. 

Vacinação contra Covid-19 em Santa Maria completa um ano nesta quarta-feira

Mas teve também quem fez careta na hora de fazer a vacina. Emanuelly da Silva, de 8 anos, precisou do colo da mãe e chorou na hora da aplicação. 

- Faz parte. Ela sabe que é importante fazer a vacina. Eu trabalho na área da saúde e sempre tive medo de pegar a Covid-19 e passar para ela. Agora ficamos mais tranquilo - afirma a mãe Marilene da Silva. 

ATENDIMENTO EXCLUSIVO

Nos locais em que as doses pediátricas estão sendo aplicadas, não está ocorrendo outro tipo de vacinação, nem outro tipo de atendimento, para evitar transtornos aos pequenos. Estão sendo imunizadas as crianças que os pais ou responsáveis realizaram o cadastro no site da prefeitura, para fazer o agendamento. 

O QUE LEVAR
No dia, pais e responsáveis devem levar o CPF ou SUS (caso a não tenha, será também RG ou certidão de nascimento), a caderneta de cartão de assinatura e declaração de comorbidades. O documento está disponível no site da prefeitura.

Além disso, a orientação é que apresenta um comprovante, como receita médica, laudo de exame ou qualquer outro documento comprobatório junto com a declaração. Todos os documentos precisam ter duas vias.

OS LOCAIS DE VACINAÇÃO:

  • José Erasmo Crossetti - Rua Floriano Peixoto, 1752, Bairro Centro
  • Kennedy - Rua Vereador Dário Leal Da Cunha, s/nº, Bairro Salgado Filho
  • Floriano Rocha - Rua Benjamin Ávila, 12, Cohab Santa Marta, Bairro Juscelino Kubitschek
  • Itararé - Rua Assis Brasil, 400, Bairro Itararé
  • São Francisco - Rua Santa Maria, s/nº - Residencial Dom Ivo Lorscheiter, Bairro Diácono João Luiz Pozzobon
  • Wilson Paulo Noal - Rua Reinaldo Manoel Guidolin, 130, Bairro Camobi
  • Vila Lídia - Rua Maestro Ribas Barbosa, 13 - Vila Lídia
  • São José - Rua Antônio Gonçalves Do Amaral, 1.000, Bairro São José

PROTEÇÃO

Em entrevista à CDN, a infectologista pediátrica, Marceli Zamboni Bertoncello, alertou que, em um contexto de desinformação, é importante que pais e responsáveis busquem fontes confiáveis e levem seus filhos para se vacinar.

Ela ainda pontuou que existe um número expressivo de crianças com Covid-19 em função, principalmente, da variante ômicron.

- Crianças saudáveis e sem comorbidades estão se infectando e ficando doentes, então, isso não é uma doença desprezível - afirma a médica.

Segundo Marceli, o único caminho para reduzir os índices de mortalidade pela Covid-19 é a imunização. Ela ainda salienta que, nas crianças, os estudos já demonstraram que a vacina é segura, efetiva e que as reações são raras.

No período de retorno às salas de aulas, a médica recomenda que pais, responsáveis e educadores mantenham os cuidados sanitários e fiquem atentos aos sintomas, como coriza, febre e dor de garganta.

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